MIND THE
GAP
Quem já
andou no metrô de Londres sabe que mind
the gap é uma recomendação quase obsessiva da TFL (Transport for London, empresa que faz a gestão da mobilidade da
cidade). A expressão que significa “cuidado com o vão” alerta para o risco do
passageiro de introduzir o pé no vão que existe entre a plataforma e o vagão do
trem. O que está implícito na mensagem é que o gap existe e que o risco é grande: se você não sabe que ele está
lá, ou negligencia sua existência, vai acabar metendo o pé naquele vazio e as consequências
podem ser desde um simples contratempo, até um transtorno maior com perdas
inestimáveis ou irreversíveis.
Opa! Tá
aí uma boa metáfora para quem quer embarcar na era do big data.
Vamos por
partes. Primeiro a plataforma. Depois o trem. Finalmente o gap
O QUE É BIG DATA?
Big Data é a maior
plataforma de geração de conhecimento e inovação do século XXI. Dados digitais
são a matéria prima para informações sobre as pessoas e sobre como as pessoas
se relacionam entre si, com a natureza e com os objetos que estão à sua volta.
QUAL O VALOR PRÁTICO DISSO?
Esses dados
nos ajudam a ver, caracterizar e compreender coisas que antes nem sabíamos que
existiam. Também nos ajudam a descobrir causas e consequências de determinados
problemas. Possibilitam ainda prever determinados acontecimentos a partir de
padrões ou correlações entre fenômenos. O impacto de tudo isso é um
empoderamento da nossa capacidade de fazer melhores escolhas. Onde quer que
haja um ser humano tomando uma decisão, desde a mais simples até a mais complexa, lá
estarão os dados digitais facilitando esse processo. Um bom processo de tomada
de decisão é o trem onde todos querem embarcar.
O QUE NOS IMPEDE DE IR MAIS ADIANTE?
O gap. O vão. O vazio.
A visão
que se tem sobre qualquer coisa pode ser uma barreira ou uma alavanca para
nossos objetivos. A maioria das pessoas, especialistas ou novatos no tema, têm a
seguinte visão sobre big data:
É assunto
para a tecnologia da informação; é restrito a quem possui como ativo grande
quantidade de dados; exige um alto investimento; é algo que ameaça a
privacidade das pessoas.
Com essa
visão só nos resta esperar um ambiente restritivo ao uso de dados, onde cabe um
papel ativo aos afortunados, passivo aos não favorecidos e reativo às vítimas
que tentam proteger suas informações pessoais.
MIND THE
GAP
Big Data é assunto para de
tomador de decisão. Qualquer pessoa que precise fazer escolhas deve se
interessar pelo tema, porque dados digitais ajudam a reduzir o erro nas
escolhas e, numa época de grande propósitos e recursos limitados, a tolerância por
erros será cada vez menor.
Não queremos errar, por exemplo, quando procuramos o melhor preço para o produto que queremos comprar, escolhemos o melhor trajeto para um deslocamento ou o melhor tratamento
para uma doença. As empresas também não querem errar quando configuram um produto ou serviço, ou quando se comunicam com seu publico alvo. Gestores públicos têm cada vez menos margem de manobra para lidar com o caos urbano e os problemas para a saúde
e segurança públicas.
Essa
visão de que big data está relacionado com ação e sucesso, muda radicalmente o nosso posicionamento em relação ao assunto. Primeiro, porque transforma todos
em atores e beneficiários do ambiente digital. Segundo, porque transforma dados
digitais em ativo pelo seu uso e não pela sua posse.
A partir
daí, criaremos um ambiente para trabalhar dados digitais como algo que diz
respeito ao conhecimento e não apenas à tecnologia. Isso tem grandes
implicações nas estratégias que estabeleceremos nas empresas e nos órgãos
públicos, nos novos modelos de negócio e na regulamentação do ambiente digital.
Certamente os sensores, a comunicação móvel, a analítica digital e a computação em nuvem são os elementos que constituem o fenômeno big data. No entanto, nenhum valor será
tirado daí se não compreendermos e soubermos utilizar bem outros conceitos que
ultrapassam a fronteira tecnológica como:
complexidade, dinâmica social, engenharia da sociedade, smart cities, open data, colaboração, crowdsourcing,
idlesourcing, gamificação, pensamento
exponencial, design thinking, data driven decision, rastros digitais, ética,
ativos e outputs intangíveis, entre tantos
outros.
O gap existe e está lá ameaçando qualquer um que venha desavisado e ansioso para embarcar no trem. Enfiar o pé no gap significa fazer altos investimentos em tecnologia para analítica, sem ter ajustado a estratégia, processos e competências para uma cultura data driven. Mind the gap
O gap existe e está lá ameaçando qualquer um que venha desavisado e ansioso para embarcar no trem. Enfiar o pé no gap significa fazer altos investimentos em tecnologia para analítica, sem ter ajustado a estratégia, processos e competências para uma cultura data driven. Mind the gap
outros conceitos que ultrapassam a fronteira tecnológica como:.......ÉTICA....... SALVE!!!! Quero! Posso! DEVO?????
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